EM QUE CONSISTE:
Existem várias técnicas cirúrgicas de glaucoma. Em cada caso vai ser ponderada individualmente a melhor opção, de acordo com o tipo e estadio do glaucoma e a anatomia ocular.
Genericamente as várias técnicas têm por objetivo a tentativa de diminuição da pressão intraocular. Podem ser realizadas isoladamente ou em combinação com cirurgia de catarata (caso haja necessidade).
- Cirurgia minimamente invasiva. Nestas destaca-se o implante XEN, que permite a drenagem controlada de fluido intraocular para o espaço da conjuntiva, reduzindo a pressão intraocular. É um implante tubular gelatinoso, biocompatível, pré-carregado num dispositivo injetor de agulha fina, o que permite a sua colocação no local anatómico escolhido, sem necessidade de dissecção significativa dos tecidos oculares.
As técnicas a seguir descritas, também permitem uma drenagem do fluido intraocular para o espaço subconjuntival e são dependentes da formação de uma ampola. Genericamente tendem a conseguir uma pressão intraocular mais baixa, do que a cirurgia minimamente invasiva.
- Trabeculectomia: criação de uma fístula da câmara anterior do olho (espaço entre a íris e a córnea) para o espaço subconjuntival, retirando um retalho de esclera e íris.
- Esclerectomia profunda não penetrante: como o próprio nome sugere, não há penetração no interior do olho, sendo a saída de líquido efetuada por intermédio de uma percolagem através de estruturas que se deixam mais finas.
- Ex-Press: Obtemos resultados muito parecidos com a trabeculectomia, mas não há necessidade de exérese de tecidos e o fluxo do fluído é feito através de um microimplante (Ex-Press) em titânio com um diâmetro de 50 micra. Minimiza a probabilidade de complicações no pós-operatório imediato, quando comparado com a técnica de trabeculectomia.