O glaucoma é uma doença do nervo ótico, crónica, progressiva, que produz lesões características do campo visual. Destacam-se os defeitos observados no nervo ótico, no campo visual e o risco de cegueira irreversível.
O glaucoma é uma doença do nervo ótico, crónica, progressiva, que produz lesões características do campo visual. Destacam-se os defeitos observados no nervo ótico, no campo visual e o risco de cegueira irreversível.
Na atualidade estima-se que a nível mundial existam cerca de 76 milhões de pessoas com glaucoma e que em 2040 sejam cerca de 112 milhões. Cerca de 50% das pessoas com glaucoma, não sabem que têm esta doença. Daí a grande importância do diagnóstico precoce, das consultas em oftalmologia, do seguimento adequado, periódico, com realização de exames, que são importantes quer para o diagnóstico, quer para perceber a evolução da doença.
Existem vários tipos de glaucoma: Glaucoma de ângulo aberto, fechado e congénito. Este último surge nos primeiros tempos de vida e o seu tratamento é maioritariamente cirúrgico. Quanto aos outros dois, podem ser primários ( quer dizer que não se encontra causa aparente para existência do mesmo) ou secundários (existe uma causa identificável). O ser de ângulo aberto ou fechado tem a ver com a relação do ângulo que a íris (parte que dá a cor ao olho) tem com a córnea (parte transparente do olho).
O mais frequente na população ocidental é o Glaucoma Primário de ângulo aberto.
A forma de apresentação pode ser aguda ou crónica, sendo a crónica a forma mais frequente.
Na forma crónica, o glaucoma, na maioria dos casos, não dá sintomas numa fase inicial; quando estes surgem já a doença se encontra numa fase muito avançada, com alterações graves do campo visual. Também é comum a doença estar em estádios diferentes em cada olho, levando a uma maior dificuldade na perceção por parte da pessoa das alterações de campo visual. Muitas vezes é numa consulta oftalmológica de rotina que o oftalmologista faz o diagnóstico.
Se o glaucoma for agudo (muito mais raro) a subida da pressão intraocular rápida pode dar dor ocular, visão enevoada, sensibilidade à luz, entre outros sintomas.
A observação regular em consulta de oftalmologia é de suma importância: a observação do nervo óptico, da anatomia do segmento anterior do globo ocular e a avaliação individual da pressão intraocular (principal fator de risco) são fundamentais. Outros fatores de risco são a idade, (com maior risco e progressivamente crescente acima dos 40 anos), a existência de familiares com glaucoma, miopia acima das 4 dioptrias, diabetes ou a toma crónica de medicações como esteróides ou antidepressivos. Os exames complementares de diagnóstico como o OCT, os campos visuais ou a retinografia auxiliam na precisão diagnóstica e avaliam progressão e eficácia dos tratamentos.
A pressão intraocular é um dos fatores mais importantes na evolução do glaucoma e aquele para o qual a maioria dos tratamentos são dirigidos, baixar a pio. Isto pode ser conseguido com tratamento médico (colocação de gotas diariamente – uma ou vários tipos de gotas), tratamento laser ou tratamento cirúrgico. Pode haver necessidade da conjugação dos vários tratamentos. O importante é evitar a progressão da doença, pois a perda de visão por glaucoma é irreversível.