Chalázio

Inicialmente os sintomas podem consistir no aparecimento de uma pequena zona ruborizada, inchada e dolorosa na pálpebra. Ao fim de alguns dias ou semanas pode desaparecer completamente por drenagem espontânea ou ficar um quisto residual que pode requerer incisão e curetagem. Pode ocorrer tanto na pálpebra superior como na inferior.

O diagnóstico baseia-se nos sintomas e na observação ao biomicroscópio, realizada pelo oftalmologista. Apoia-se principalmente na observação direta da lesão e exclusão de outros diagnósticos que possam simular os mesmos sintomas. É   avaliada a superfície ocular para excluir complicações associadas, como lesões corneanas secundárias, ou para identificar fatores de risco associados, como blefarite crónica.

Existe forma de prevenir?

No caso de existir história de episódios frequentes ou patologia dermatológica de base como a rosácea, poderá ser considerado tratamento com doxiciclina oral pelas suas propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias.

Uma boa higiene palpebral regular também será aconselhada em todos os casos, para evitar a obstrução do orifício das glândulas por secreções e levar a inflamação ou sobre infeção destas a montante.

O tratamento consiste na colocação de compressas mornas por 10 minutos, repetidamente ao longo do dia com uma massagem ligeira sobre a lesão, no sentido de estimular a sua drenagem. Podem ser associadas pomadas oftalmológicas. No caso de o chalázio persistir para além de 3 a 4 semanas de tratamento médico adequado e o doente desejar a sua remoção, poderá ser ponderada a sua remoção cirúrgica. Se a lesão tiver características atípicas ou for recorrente no mesmo local, deverá ser enviado para estudo anatomopatológico para exclusão de tumores.

Referências:

• The Wills eye manual: Office and emergency room diagnosis and treatment of eye disease (7th ed.). Philadelphia: Wolters Kluwer/Lippincott Williams & Wilkins