Patologia

DEGENERESCÊNCIA MACULAR RELACIONADA À IDADE (DMI)

A Degenerescência Macular da Idade é a principal causa de cegueira, nos países desenvolvidos, a partir dos 50 anos de idade. Caracteriza-se por uma doença progressiva, na qual se verifica deterioração dos tecidos da mácula (área central da retina onde se localizam as células responsáveis pela visão de pormenor ou pequenos detalhes) prejudicando a visão.

DMI
DMI
Degenerescência Macular
Degenerescência Macular

Certas atividades diárias como ler, conduzir, cozinhar e identificar faces, vão sofrer alterações tornando-se impossíveis de executar. Embora com o agravamento da DMI se vá notando a redução ou mesmo cegueira da visão central, a visão periférica pode não sofrer qualquer tipo de alteração.

Um dos fatores diretamente relacionado com o aparecimento e progressão da DMI é a idade. A carência em vitaminas e oligoelementos, exposição intensa a luz solar e radiação ultravioleta, hipertensão arterial, arteriosclerose e o tabaco podem igualmente ser considerados fatores de risco, mas com menor relevância. É importante manter uma alimentação cuidada, proteção da luz solar intensa e radiação ultravioleta e monitorização sistemática.

É fundamental que qualquer pessoa, (principalmente se tiver antecedentes familiares de DMI), que note distorção das imagens, com ou sem diminuição da visão central, com ou sem uma sombra que impede a visão central, procure imediatamente acompanhamento pelo médico oftalmologista.

O diagnóstico é realizado através da observação do fundo ocular e pode requerer exames complementares de diagnóstico como OCT,  angiografia, OCTAngio, retinografia, autofluorescência, assim como a realização de um teste com Grelha de Amsler.

DMI - Pré Tratamento
DMI - Pré Tratamento
DMI - Pós Tratamento
DMI - Pós Tratamento

Não existe ainda tratamento para as formas graves da DMI seca. Alguns suplementos vitamínicos podem retardar a progressão das formas intermédias da doença para a forma avançada. Existem no entanto tratamentos para a forma exsudativa que é aquela que pode provocar perda de visão muito rápida e muito acentuada.

A radioterapia, o Interferon alfa e a remoção cirúrgica dos neovasos foram algumas das terapêuticas tentadas. Contudo, não foi provado qualquer benefício destes tratamentos através de estudos multicêntricos, randomizados e duplamente ocultos. A terapia fotodinâmica com Verteporfina foi considerada o tratamento mais eficaz na DMI até 2007. A descoberta do papel dos anti-angiogénicos na retina, nomeadamente o Ranibizumab, o Aflibercept e mais recentemente o Brolucizumab vieram revolucionar e permitir bons resultados nos casos mais graves de DMI.

A eficácia das injeções intra-vítreas de Ranibizumab, Aflibercept e Brolucizumab ( medicamentos disponíveis na CliniVis, em tratamentos ambulatórios e sob anestesia em gotas) mostrou ser muito superior à da terapia fotodinâmica, conseguindo evitar a progressão da doença em 90% dos casos e mesmo recuperar a acuidade visual em 70% dos pacientes, sobretudo se forem tratados precocemente. Considerando estes resultados é importante que se inicie tratamento o mais precocemente possível e antes que haja perda significativa de visão. 

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